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TERREMOTO NO BRASIL
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TERREMOTO NO BRASIL
30/10/2011 - 07h01
Mais de 20 anos após terremoto, João Câmara (RN) volta a registrar atividade sísmica e preocupa população
Aliny Gama e Carlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió
A madrugada de 30 de novembro de 1986 nunca será esquecida pela população de João Câmara (79 km de Natal). Naquela madrugada, um terremoto de 5,1 pontos na escala Richter destruiu ou danificou –segundo autoridades à época– cerca de 3.000 casas e levou centenas de moradores a se mudar da pacata cidade do interior do Rio Grande do Norte.
Vinte e cinco anos depois daquele que é considerado o tremor de terra que causou mais danos materiais da história do país, a cidade voltou a viver, este mês, uma nova série de abalos sísmicos de média magnitude. Entre os dias 12 e 24 foram nove abalos com mais de dois pontos na escala Richter. O maior deles ocorreu na terça-feira (24) e atingiu magnitude 2,8 –a escala vai até nove. A sequência foi suficiente para deixar população e autoridades em alerta.
Imagem mostra, em vermelho, os locais dos maiores tremores já registrados na região da "falha de samambaia", que tem 38 km de extensão no Rio Grande do Norte e é a maior falha geológica do país, segundo o laboratório de Sismologia da UFRN
Para especialistas, a possibilidade de um novo terremoto é real, porém, imprevisível. A única coisa certa é que o reinício das atividades sísmicas deve ser vista com atenção. ”De certa maneira é [motivo de preocupação], porque ninguém sabe o que vai acontecer. Hoje não dá para saber o que significa o retorno dessa atividade sísmica, pois há muitos anos ela não era registrada. As autoridades já foram alertadas. Agora não há muito o que fazer, a não ser monitorar a área. E isso estamos fazendo”, afirmou o coordenador do laboratório de Sismologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Joaquim Ferreira.
Segundo Ferreira, essa é a maior série de tremores registrada desde o terremoto de 1986. Naquele período, a região também viveu uma atividade sísmica intensa, com tremores medianos antes e depois do terremoto. A atividade só cessou em 1993. Desde lá, a cidade registrou outros tremores, mas sempre com intervalos mais longos.
Os eventos registrados este mês são no mesmo lugar do tremor que atingiu a cidade há 25 anos. “A diferença é que, naquela época, os tremores começaram ao norte e foram indo em direção ao sul, onde deu esse maior tremor. Agora é diferente, pois começou onde ocorreu aquele há 25 anos atrás. Não podemos prever se os tremores vão continuar, se vão parar”, afirmou Ferreira.
Mais estações
Por conta dos novos eventos, o laboratório de Sismologia da UFRN decidiu ampliar para 11 o número de estações na região da “falha de samambaia”, que se estende por 38 km e é a maior falha geológica no Brasil. O RN fica sobre ela. Uma estação sismográfica e dois acelerógrafos foram instalados esta semana. Outras seis estações estão sendo montadas e devem ajudar na captação de dados da área. Além de João Câmara, a falha também corta os municípios de Pureza, Poço Branco, Taipu e Parazinho.
“Ali é uma região onde se registram poucos tremores de pequena magnitude e muitos de maior magnitude. A diferença de 1986 é que agora estamos acompanhando a região e sabendo onde os tremores ocorrem e qual sua exata magnitude”, destacou.
Joaquim Ferreira afirmou ainda que não adianta realizar treinamentos com a população, já que os tremores de maior magnitude não podem ser previstos. “O que a gente pode dizer à população é que, durante um tremor, ela deve sair de casa. Nada mais, porque não tem como fugir de um tremor.”
Moradores assustados
O retorno das atividades sísmicas causou preocupação aos moradores que viveram o terremoto há 25 anos. João Ricardo da Silva tinha 13 anos em 1986 quando acordou no meio da madrugada com o chão tremendo. “Minha mãe saiu correndo para os quartos em que eu e meus dois irmãos dormíamos. A gente já estava em pé, sem entender nada. Enquanto ela corria, nosso pai já tinha aberto a porta para que nós saíssemos”, contou, dizendo que, apesar de já ter se acostumado com os pequenos tremores, fica preocupado com a informação de que as atividades sísmicas podem estar voltando. “Quem não tem medo de ser surpreendido? É medo de ter ataque no coração. O grande tremor derrubou muita casa, como a dos meus avós, que teve rachaduras.”
A dona de casa Maria Auxiliadora Bezerra da Silva, 60, mora há 36 anos em João Câmara e também disse que fica preocupada com o retorno das atividades sísmicas. “A gente diz que está acostumado, mas pede a Deus que não venha ocorrer novamente um estrondo daqueles. Foi assustador. Meu marido não dormiu naquela noite porque já tinham acontecido 17 pequenos tremores e estávamos assustados com o que podia acontecer.”
Segundo ela, os tremores causaram má fama na cidade, que foi desocupada pelo medo de novos tremores. “A cidade ficou um deserto porque as pessoas foram embora com medo. A nossa família foi uma das poucas que ficou em João Câmara. Depois de um tempo, os moradores foram voltando e hoje a cidade cresce a cada dia”, finaliza.
FONTE: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/10/30/mais-de-20-anos-apos-terremoto-joao-camara-rn-volta-a-registrar-atividade-sismica-e-preocupa-populacao.jhtm
Mais de 20 anos após terremoto, João Câmara (RN) volta a registrar atividade sísmica e preocupa população
Aliny Gama e Carlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió
A madrugada de 30 de novembro de 1986 nunca será esquecida pela população de João Câmara (79 km de Natal). Naquela madrugada, um terremoto de 5,1 pontos na escala Richter destruiu ou danificou –segundo autoridades à época– cerca de 3.000 casas e levou centenas de moradores a se mudar da pacata cidade do interior do Rio Grande do Norte.
Vinte e cinco anos depois daquele que é considerado o tremor de terra que causou mais danos materiais da história do país, a cidade voltou a viver, este mês, uma nova série de abalos sísmicos de média magnitude. Entre os dias 12 e 24 foram nove abalos com mais de dois pontos na escala Richter. O maior deles ocorreu na terça-feira (24) e atingiu magnitude 2,8 –a escala vai até nove. A sequência foi suficiente para deixar população e autoridades em alerta.
Imagem mostra, em vermelho, os locais dos maiores tremores já registrados na região da "falha de samambaia", que tem 38 km de extensão no Rio Grande do Norte e é a maior falha geológica do país, segundo o laboratório de Sismologia da UFRN
Para especialistas, a possibilidade de um novo terremoto é real, porém, imprevisível. A única coisa certa é que o reinício das atividades sísmicas deve ser vista com atenção. ”De certa maneira é [motivo de preocupação], porque ninguém sabe o que vai acontecer. Hoje não dá para saber o que significa o retorno dessa atividade sísmica, pois há muitos anos ela não era registrada. As autoridades já foram alertadas. Agora não há muito o que fazer, a não ser monitorar a área. E isso estamos fazendo”, afirmou o coordenador do laboratório de Sismologia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Joaquim Ferreira.
Segundo Ferreira, essa é a maior série de tremores registrada desde o terremoto de 1986. Naquele período, a região também viveu uma atividade sísmica intensa, com tremores medianos antes e depois do terremoto. A atividade só cessou em 1993. Desde lá, a cidade registrou outros tremores, mas sempre com intervalos mais longos.
Os eventos registrados este mês são no mesmo lugar do tremor que atingiu a cidade há 25 anos. “A diferença é que, naquela época, os tremores começaram ao norte e foram indo em direção ao sul, onde deu esse maior tremor. Agora é diferente, pois começou onde ocorreu aquele há 25 anos atrás. Não podemos prever se os tremores vão continuar, se vão parar”, afirmou Ferreira.
Mais estações
Por conta dos novos eventos, o laboratório de Sismologia da UFRN decidiu ampliar para 11 o número de estações na região da “falha de samambaia”, que se estende por 38 km e é a maior falha geológica no Brasil. O RN fica sobre ela. Uma estação sismográfica e dois acelerógrafos foram instalados esta semana. Outras seis estações estão sendo montadas e devem ajudar na captação de dados da área. Além de João Câmara, a falha também corta os municípios de Pureza, Poço Branco, Taipu e Parazinho.
“Ali é uma região onde se registram poucos tremores de pequena magnitude e muitos de maior magnitude. A diferença de 1986 é que agora estamos acompanhando a região e sabendo onde os tremores ocorrem e qual sua exata magnitude”, destacou.
Joaquim Ferreira afirmou ainda que não adianta realizar treinamentos com a população, já que os tremores de maior magnitude não podem ser previstos. “O que a gente pode dizer à população é que, durante um tremor, ela deve sair de casa. Nada mais, porque não tem como fugir de um tremor.”
Moradores assustados
O retorno das atividades sísmicas causou preocupação aos moradores que viveram o terremoto há 25 anos. João Ricardo da Silva tinha 13 anos em 1986 quando acordou no meio da madrugada com o chão tremendo. “Minha mãe saiu correndo para os quartos em que eu e meus dois irmãos dormíamos. A gente já estava em pé, sem entender nada. Enquanto ela corria, nosso pai já tinha aberto a porta para que nós saíssemos”, contou, dizendo que, apesar de já ter se acostumado com os pequenos tremores, fica preocupado com a informação de que as atividades sísmicas podem estar voltando. “Quem não tem medo de ser surpreendido? É medo de ter ataque no coração. O grande tremor derrubou muita casa, como a dos meus avós, que teve rachaduras.”
A dona de casa Maria Auxiliadora Bezerra da Silva, 60, mora há 36 anos em João Câmara e também disse que fica preocupada com o retorno das atividades sísmicas. “A gente diz que está acostumado, mas pede a Deus que não venha ocorrer novamente um estrondo daqueles. Foi assustador. Meu marido não dormiu naquela noite porque já tinham acontecido 17 pequenos tremores e estávamos assustados com o que podia acontecer.”
Segundo ela, os tremores causaram má fama na cidade, que foi desocupada pelo medo de novos tremores. “A cidade ficou um deserto porque as pessoas foram embora com medo. A nossa família foi uma das poucas que ficou em João Câmara. Depois de um tempo, os moradores foram voltando e hoje a cidade cresce a cada dia”, finaliza.
FONTE: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/10/30/mais-de-20-anos-apos-terremoto-joao-camara-rn-volta-a-registrar-atividade-sismica-e-preocupa-populacao.jhtm
Re: TERREMOTO NO BRASIL
prff. agora não entendi nada. Se o Brasil está localizado no centro da placa tectônica como pode acontecer terremotos ao invés de tremores de terra
????
????
Convidad- Convidado
Re: TERREMOTO NO BRASIL
Os terremotos são fenômenos que podem ser causados por falhas geológicas, vulcanismos e, principalmente, pelo encontro de diferentes placas tectônicas. A maioria dos abalos sísmicos é provocada pela pressão aplicada em duas placas contrárias. Portanto, as regiões mais vulneráveis à ocorrência dos terremotos são aquelas próximas às bordas das placas tectônicas. Na América do Sul, os países mais atingidos por terremotos são, o Chile, Peru e Equador, pois essas nações estão localizadas numa zona de convergência entre as placas tectônicas de Nazca e a Sul-Americana.
Convidad- Convidado
Re: TERREMOTO NO BRASIL
ESpero que não atinja o Rio de Jneiro. Acho que não estamos preparados para algo desse tipo, pois aquela trajédia dos deslizamentos em Teresópolis o governo até hoje não sabe o que fazer imagine um terremoto.
nathália-teixeira80316- USUÁRIO ATUALIZADO
- Mensagens : 70
Data de inscrição : 11/04/2011
Idade : 25
Localização : nilopólis
Re: TERREMOTO NO BRASIL
lorrayne80113 escreveu:prff. agora não entendi nada. Se o Brasil está localizado no centro da placa tectônica como pode acontecer terremotos ao invés de tremores de terra
????
Lorrayne,
realmente estamos no centro da placa Sulamericana, porém isso não quer dizer que não exista falhas no meio da placa, são pequenas rachaduras (falhas) que podem um dia aumentar e rachar o continente ao meio (isso está acontecendo na África) porém esta no Brasil é pequena e estabilizada, não dando riscos maiores ao Brasil, apenas alguns pequenos terremotos (máximo de 5 a 6 na escala richter).
Re: TERREMOTO NO BRASIL
nathália-teixeira80316 escreveu:ESpero que não atinja o Rio de Jneiro. Acho que não estamos preparados para algo desse tipo, pois aquela trajédia dos deslizamentos em Teresópolis o governo até hoje não sabe o que fazer imagine um terremoto.
Não corremos este risco não, pois aqui não há falhas...
Re: TERREMOTO NO BRASIL
, mas se um dia no futuro - espero eu que seja bem distante - venha ocorre uma falha na região aonde se localiza o rio de janeiro?Canedo escreveu:nathália-teixeira80316 escreveu:ESpero que não atinja o Rio de Jneiro. Acho que não estamos preparados para algo desse tipo, pois aquela trajédia dos deslizamentos em Teresópolis o governo até hoje não sabe o que fazer imagine um terremoto.
Não corremos este risco não, pois aqui não há falhas...
e o que aconteceria se a falha fosse muito grande, vai acontecer o que com a superfície terrestre? ficará com um grande fenda? e se isso ocorre no meio de um continente, pode ocorre desse continente ser considerado como dois diferentes?
Convidad- Convidado
Re: TERREMOTO NO BRASIL
lorrayne80113 escreveu:, mas se um dia no futuro - espero eu que seja bem distante - venha ocorre uma falha na região aonde se localiza o rio de janeiro?Canedo escreveu:nathália-teixeira80316 escreveu:ESpero que não atinja o Rio de Jneiro. Acho que não estamos preparados para algo desse tipo, pois aquela trajédia dos deslizamentos em Teresópolis o governo até hoje não sabe o que fazer imagine um terremoto.
Não corremos este risco não, pois aqui não há falhas...
e o que aconteceria se a falha fosse muito grande, vai acontecer o que com a superfície terrestre? ficará com um grande fenda? e se isso ocorre no meio de um continente, pode ocorre desse continente ser considerado como dois diferentes?
Não temos falhas significativas no Rio, fique calma..... pelo menos para os próximos 200 anos, aqui ficará calmo... kkkkkk
E sim, na segunda pergunta, a África está ocorrendo isso, ela está sendo cortada ao meio e um dia irá ser cortado e virará duas partes sim.... mas só daqui há MILHÕES de anos....
resposta ao tópico
eu ainda não entendi professor nos não estamos fora de perigo, e sem falhas.
jeniffer- Convidado
Re: TERREMOTO NO BRASIL
Que bom saber disso,pois estava um pouco preocupada.
nathália-teixeira80316- USUÁRIO ATUALIZADO
- Mensagens : 70
Data de inscrição : 11/04/2011
Idade : 25
Localização : nilopólis
Re: TERREMOTO NO BRASIL
jeniffer escreveu:eu ainda não entendi professor nos não estamos fora de perigo, e sem falhas.
Estamos fora de perigo sim.... se um dia ocorrer algo, vai ser daqui há alguns milhares de anos......
Re: TERREMOTO NO BRASIL
Também estou preocupada + tomara q ñ acontessa em São Paulo eu ñ quero ver ninguém da minha família morrer e nem a minha terra natal sendo destruída.
Kelly Jéssica 903 11- APRENDIZ
- Mensagens : 34
Data de inscrição : 06/04/2011
Idade : 26
Localização : Rio de Janeiro-Nova Iguaçú
Re: TERREMOTO NO BRASIL
cara se acontecer será daqui há uns milhões de anos vc nem se quer vai estar aaqui pra que tanta preocupação?Kelly Jéssica 903 11 escreveu:Também estou preocupada + tomara q ñ acontessa em São Paulo eu ñ quero ver ninguém da minha família morrer e nem a minha terra natal sendo destruída.
lorrayne 801-13- INICIANTE
- Mensagens : 15
Data de inscrição : 08/11/2011
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